A polícia informou que, após um ano e meio sem entrar na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, o Batalhão de Operações Especiais realiza, nesta quarta-feira (29), uma operação com a ajuda de um micro-ônibus munido de equipamentos que recebem informações de rádio e internet e de câmeras acopladas ao veículo. Pelo menos duas toneladas de maconha foram apreendidas em uma casa abandonada, informou a polícia.
Até o momento não houve troca de tiros. Uma granada ainda foi estourada na parte baixa da favela, mas não houve feridos.
Segundo as primeiras informações da polícia, um homem, que seria foragido da Justiça, foi encaminhado para 15ª DP (Gávea), e depois liberado. Ele foi encontrado com ajuda das câmeras do micro-ônibus. Outras quatro pessoas foram detidas. Duas delas já foram liberadas. Uma terceira pessoa, que continua presa, estava no local da apreensão das drogas e, com ela, havia um radiotransmissor, segundo a polícia. Com um dos detidos, a polícia informou que havia uma mochila com munição 762 para fuzil.
O objetivo principal da ação é atualizar dados e mapear a região.
“A ocupação tem como fim observar o novo layout que a comunidade tem apresentado. As obras (do PAC) trouxeram mudanças nas vielas e nas ruas”, explicou o capitão do Bope, Ivan Blaz. De acordo com o chefe da operação, major Luiz Gustavo Chagas, a ação pretende atualizar os dados da localidade. “Com as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) muita coisa mudou aqui.”
O Bope negou que a ação tenha alguma relação com o planejamento de ocupação da Rocinha para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Entretanto, o capitão Ivan Blaz afirmou que esse mapeamento pode ajudar.
"É uma estratégia para qualquer operação de emergência e também para uma possível ocupação", disse ele.
A operação começou por volta de 7h30. Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Wilman René Gonçalves Alonso, 80 policiais participam da ação, que conta ainda com o apoio de um blindado.
Com a intensa movimentação da polícia no local, os trabalhadores do PAC interromperam as obras. Os policiais checam cinco pontos da favela, entre eles a mata, que segundo o major Chagas é um dos locais mais críticos, pois seria a rota de fuga dos traficantes.
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