quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Expulso após declarar ser gay, militar dos EUA que lutou no Iraque vira ativista

Californiano de origem coreana, Dan Choi entrou para a academia militar de West Point aos 17 anos, em 1998. Entre 2006 e 2007, serviu na Guerra do Iraque escondendo de todos o fato de ser gay. Após conhecer o primeiro namorado e contar aos pais, virou ativista contra a política do "don't ask, don't tell" ("não pergunte, não conte") imposta aos militares. Uma aparição no programa de TV "The Rachel Maddow Show", no qual declarou ser gay, fez com que o Exército o expulsasse.
Aos 17 anos, me inscrevi para todas aquelas escolas [militares]. Soube muito cedo que havia passado em West Point.
Eu sabia que era gay, sabia também que era da Califórnia, asiático -- por todas as razões, eu seria diferente. Me perguntam por que fui a West Point sendo gay, e eu digo que a única coisa que passava pela minha cabeça era o fato de ser asiático.
Meu pai é pastor evangélico, e não falamos sobre essas questões nas famílias coreanas. Meus pais nem sabem palavras para "gay" ou "don't ask don't tell" (não pergunte, não conte).
Sempre achei que fosse uma fase, pensava que era um pecado e que precisava mudar. Talvez rezando, saindo com todas as garotas, me "curasse". Pensava que talvez não fosse masculino o suficiente. Se entrasse para o Exército, jogasse futebol, não seria gay.
Eu não falava sobre o assunto. As pessoas eram expulsas por causa do "don't ask, don't tell"; alguém vinha me contar, e eu não queria ouvir. Agora sei que havia tantos gays em West Point... E perdi todas as festas!

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