terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Juiz pedirá reabertura das investigações do assassinato de F. Gomes

 F. Gomes - Ex.Comunicador da rádio Caicó

O assassinato do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, não está esclarecido. Ao contrário do entendimento da Polícia Civil, o Ministério Público não ofereceu denúncia contra Valdir Souza do Nascimento, suposto mandante da execução do comunicador de Caicó. O promotor Geraldo Rufino não viu elementos suficientes para garantir que Valdir Souza foi o mandante do crime, apesar de entender que o assassinato teve um ou mais mandantes. Com base nisso, o juiz Luiz Cândido, de Caicó, vai pedir a reabertura das investigações.
Assassinado na porta de sua residência na noite do dia 18 de outubro do ano passado,  F. Gomes era conhecido no estado por sua atuação na região do Seridó, onde coordenava uma rádio em Caicó e mantinha um dos blogs mais acessados da cidade. Devido às cobranças e denúncias feitas com relação a criminosos da região, o radialista era vítima constante de ameaças de morte, até que um dia, o desempregado e ex-presidiário João Francisco dos Santos, conhecido como Dão, foi até a casa de F. Gomes e executou a tiros.
Dão é assassino confesso de F. Gomes, mas negou durante todo o período de investigação que tivesse agido a mando de alguém. No entanto, a hipótese de que ele tenha matado o radialista por conta própria foi descartada pela polícia. O Delegado Ronaldo Gomes, hoje Delegado Geral de Polícia do estado, presidiu o inquérito e disse ter indícios suficientes para acusar Valdir Souza do Nascimento – que também está preso – de ser mandante do crime. Porém, não houve a denúncia.
De acordo com o juiz Luiz Cândido, o Ministério Público ofereceu denúncia apenas contra Dão e o caso deverá ser julgado em breve. Contudo, como também há a convicção de que houve um mandante, haverá a reabertura da investigação. “É possível a condenação de Dão porque há os indícios  necessários. Já sobre a autoria intelectual, a apuração vai ser reaberta. Resta saber se pela Polícia Federal ou Civil”, explicou o juiz.
 

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