O caso envolvendo o aluno Antônio Gomes da Silva Filho, que passou em primeiro lugar no vestibular de Medicina da UFRN devido a uma suposta fraude para conseguir direito ao argumento de inclusão, terá desdobramentos. O calouro garante que não cometeu nenhuma ilegalidade, que todos os documentos apresentados são verdadeiros e que vai acionar a Justiça para reconquistar a vaga no curso de Medicina.
Informado que teria seu cadastro e matrícula cancelados nesta sexta-feira (18), Antônio Gomes garante que todos os atos que cometeu estiveram dentro da legalidade. A UFRN acusa o estudante de ter concluído o segundo grau em escola particular, fato comprovado nos documentos apresentados nas duas matrículas realizadas para os outros cursos que o estudante frequentou na universidade, que foram Ciências Contábeis e Odontologia. No entanto, Antônio Gomes afirma que a própria UFRN informou que ele teria direito ao argumento de inclusão, utilizado para beneficiar os estudantes oriundos da rede pública de ensino.
Antônio Gomes concluiu o segundo grau em 2006, em escola particular. Contudo, ele argumenta que, por ter saído de Natal para Goianinha, foi prejudicado no ano letivo. "Foi um ano muito conturbado. Quase perdi o ano e mesmo assim passei para Ciências Contábeis, estudando dois meses para o vestibular", disse.
Como forma de recuperar o ano de estudos supostamente perdido, Antônio Gomes disse que procurou o Ensino para Jovens e Adultos para refazer o ensino fundamental e médio. Ele disse que, no momento da matrícula no ensino gratuito, não foi solicitada documentação nem houve questionamento se ele já havia finalizado o segundo grau. "Simplesmente fui fazer o curso, como qualquer aluno poderia ir", disse.
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