Pitombas
A batalha está sendo vencida pelas dificuldades.
Vai se caminhando para mais uma morte anunciada por falta de vaga em UTI Pediátrica em Natal.
O Menino Matheus Brito Silva entrou em protocolo para morte cerebral, que se prolongará até amanhã. A família, em desespero, já foi comunicada.
O Menino Matheus Brito Silva entrou em protocolo para morte cerebral, que se prolongará até amanhã. A família, em desespero, já foi comunicada.
Moradora da Redinha, a mãe Jeane Brito da Silva, desde que o filho adoeceu, está inconsolável. Não à toa, tinha todo o amor e o zelo pelo filho muito bem cuidado, segundo depoimentos ao blog.
Ainda não se falou sobre doação de órgãos para transplante com a família. Que, se se confirmar, este pequeno salve outras vidas.
Ainda não se falou sobre doação de órgãos para transplante com a família. Que, se se confirmar, este pequeno salve outras vidas.
Na última quarta-feira, Matheus se engasgou com um caroço de pitomba, asfixiou-se, teve parada cardíaca, mas foi socorrido a tempo pelo Samu Natal. A partir daí começou um drama maior. A criança necessitava com urgência de uma UTI Pediátrica e acompanhamento neurológico. Mas nenhum, nem outro. O atendimento na UPA de Pajuçara foi o melhor possível, entubado, respirador…mas a unidade não dispõe de médico neurologista, nem UTI, nem tomografia computadorizada.
Não foi possível a transferência para o Walfredo Gurgel para a realização da tomografia, nem apareceu um neurologista, nem havia vaga em UTI dos hospitais do Estado. Na madrugada da quinta-feira, ele teve uma convulsão. Mesmo assim, nada de transferência, nem tomografia, nem neurologista.
Não foi possível a transferência para o Walfredo Gurgel para a realização da tomografia, nem apareceu um neurologista, nem havia vaga em UTI dos hospitais do Estado. Na madrugada da quinta-feira, ele teve uma convulsão. Mesmo assim, nada de transferência, nem tomografia, nem neurologista.
Na madrugrada de sexta-feira, a Secretaria de Saúde de Natal providenciou a transferência de Matheus para o Hospital Antônio Prudente, do Hapvida. Como não havia leito pediátrico, ficou na UTI Neonatal. A demora, no entanto, foi fatal para o pequeno que era saudável, brincalhão e de repente foi surpreendido pela luta injusta quando saboreava uma pitomba.
Fica, então, a pergunta: até quando mortes serão anunciadas por falta de atendimento médico necessário e digno no Estado, enquanto os responsáveis ficam em liberdade?
Fica, então, a pergunta: até quando mortes serão anunciadas por falta de atendimento médico necessário e digno no Estado, enquanto os responsáveis ficam em liberdade?
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