terça-feira, 15 de março de 2011

Mortos no Japão já passam de 2.700

Soldados procuram por sobreviventes na cidade de Rikuzentakata, no nordeste do Japão, após tremor e tsunami
Ao menos 2.722 pessoas morreram e 3.742 estão desaparecidas devido ao terremoto e ao tsunami que atingiram o nordeste do Japão na última sexta-feira (11), segundo o último boletim divulgado nesta terça-feira (15) pela polícia japonesa.
As autoridades do país asiático estimam que o número final de vítimas seja muito maior, pois em alguns dos municípios afetados pode haver milhares de vítimas ainda não contabilizadas.
Não entrou na conta, por exemplo, metade dos 17 mil habitantes da cidade de Minamisanriku, na Província de Miyagi, embora não se descarte que muitos possam ter se refugiado em localidades próximas.
No litoral de Miyagi foram encontrados cerca de 2.000 corpos, e outros 200 ou 300 cadáveres foram localizados em sua capital, Sendai, mas esses dados não foram incluídos no balanço oficial.
Também é desconhecido o paradeiro de 8.000 residentes do povoado litorâneo de Otsuchi, na Província de Iwate.
Cerca de 100 mil militares japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamentos, continuam atuando na zona devastada na busca por sobreviventes presos sob escombros ou arrastados mar adentro por uma onda gigante que alcançou 10 m de altura.
Mais de 500 mil refugiados no litoral oriental da ilha de Honshu estão há quatro dias sem luz e sem água potável na maior crise sofrida pelo Japão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Perigo nuclear
O nível de radioatividade na central nuclear de Fukushima, no nordeste do país, cujos reatores foram danificados pelo violento terremoto de 9 graus na escala Richter, sofreu uma redução, afirmou nesta terça um porta-voz do governo japonês.

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